DEPRESSÃO

Por: Equipe "ComSaúde"
A depressão é uma doença das mais incapacitantes, limitando o indivíduo do ponto de vista físico, pessoal e social. Todavia, nem sempre a doença é reconhecida, diagnosticada e tratada adequadamente. A doença é mais comum entre as mulheres e pode ocorrer em todas as idades, incluindo as crianças, adultos e idosos. Mas, a depressão está presente em boa parte dos idosos e sua prevalência é 2 a 3 vezes maior em mulheres do que em homens. No Brasil, estima-se que a doença atinja milhões de pessoas.

Fatores predisponentes: são vários os fatores que podem predispor uma pessoa a sofrer de depressão, os quais podem interagir entre si e tornar complexo o seu entendimento. Como exemplos, podem ser citados:

- fatores sociodemográficos, tais como: idade, gênero, raça, estado civil, suporte social, urbanização, escolaridade, renda e outros, que se associam ou se confundem.

- predisposição biológica para a depressão maior.

- transtornos mentais associados, tais como: ansiedade, depressão e transtornos somatoformes.

- situações que representam uma ruptura do comportamento usual e afetam o bem estar do indivíduo.

- condições de estresse crônico, tais como: dificuldades financeiras e nas relações interpessoais, além de ameaças permanentes à segurança do indivíduo.

Quadro clínico:

- estado de humor: tristeza, perda de interesse e/ou prazer, crises de choro, variações no humor.

- ansiedade, agitação, inquietação, hostilidade, autoagressão associada ao risco de suicídio.

- vegetativos ou somáticos: alterações no padrão de sono (insônia ou hipersonia), no apetite e no peso, além de perda de libido, obstipação e fadiga.

- cognitivos: desesperança, desamparo, idéias de culpa (que podem chegar a delírios de culpa em depressões psicóticas) e de suicídio, indecisão e outros.

- sociais: apatia, isolamento, incapacitação para o desempenho das tarefas cotidianas.

Tratamento: para o tratamento com medicamento antidepressivo devem ser considerados os aspectos biológicos, psicológicos e sociais de cada paciente, o que ajuda na escolha do tipo de medicamento. A resposta ao uso de antidepressivo ocorre entre 2 a 4 semanas de tratamento, mas, há pessoas que só respondem após 6 semanas. Apesar disso, há pessoas que não respondem bem aos medicamentos antidepressivos e vão requerer novas estratégias de tratamento. Além desses aspectos, a escolha do tratamento leva em conta a eficácia antidepressiva, os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos, além do seu custo e da tolerabilidade de cada paciente. Há casos de depressão em que é desejável a terapia medicamentosa associada à psicoterapia; assim, a Associação Psiquiátrica Americana reconhece como eficazes contra a depressão as seguintes abordagens psicoterapêuticas: cognitivo-comportamental, psicoterapia breve e terapia de grupo.

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