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terça-feira, setembro 20, 2011

COQUELUCHE

Por: Equipe "ComSaúde"
A coqueluche, também conhecida como tosse espasmódica, é uma doença prevenível com vacinação, de grande importância na infância e que pode levar a complicações graves, inclusive o óbito. É uma doença altamente contagiosa que atinge o trato respiratório causando bronquite intensa.
Agente etiológico: bactéria Bordetella pertussis, que se transmite, sobretudo, pelo contato direto com pessoas doentes, por meio de tosse, espirro ou ao falar. Essa bactéria pode adoecer as pessoas que não foram devidamente vacinadas e/ou aquelas que vivem ou trabalham em locais fechados; essa contaminação também é favorecida em situações que envolvem a aglomeração de pessoas.
Quadro clínico:
- Fase catarral: com duração de 1 ou 2 semanas, começa com manifestações respiratórias e sintomas leves (febre pouco intensa, mal-estar geral, coriza e tosse seca), seguidos pela instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que começam as crises de tosse súbita incontrolável.
- Fase paroxística: geralmente afebril ou com febre baixa. Em alguns casos, ocorrem vários picos de febre no decorrer do dia. A manifestação típica é a tosse seca, que se caracterizam por crise de tosse súbita incontrolável, rápida e curta (cerca de 5 a 10 tossidas, em uma única expiração). Durante esses acessos, a pessoa não consegue inspirar, tem protusão da língua, congestão facial e, eventualmente, cianose, com ou sem apneia e vômitos. Também ocorre uma inspiração profunda através da glote estreitada, que origina um som anormal. O número de episódios de tosse rápida e incontrolável pode chegar a 30 em 24 horas, manifestando-se mais frequentemente à noite. A frequência e a intensidade dos episódios desta tosse aumentam nas 2 primeiras semanas; depois, diminuem paulatinamente. Nos intervalos das tosses, o paciente passa bem. Esta fase dura de 2 a 6 semanas.
- Fase de convalescença: as tosse incontroláveis são substituídos por episódios de tosse comum. Esta fase persiste por 2 a 6 semanas e, em alguns casos, pode se prolongar por até 3 meses. Infecções respiratórias de outra natureza, que se instalam durante a convalescença da coqueluche, podem provocar o reaparecimento transitório dos paroxismos.
Diagnóstico: isolamento da Bordetella pertussis, através de cultura de material colhido de nasofaringe, com técnica adequada. Para auxiliar na confirmação ou descarte dos casos suspeitos, podem ser realizados o leucograma (exame de sangue) e a radiografia de tórax (raios-X).
Tratamento: uso de medicamento antimicrobiano (antibiótico).
Prevenção: as crianças devem ser vacinadas contra a coqueluche. O comum é a vacina combinada com as vacinas contra a difteria e o tétano, a chamada vacina DTP (difteria-tétano-pertússis).
Referências Bibliográficas:
FUNASA. CENEPI. Guia de vigilância epidemiológica. 2002. Disponível em: http://www.funasa.gov.br/pub/GVE.htm.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coqueluche. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br>.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Informe Coqueluche. 6. ed. Rio de Janeiro: Magic Art, 2007.
TAN, T.; SKOWRONSKI, D.; TRINDADE, E. Epidemiology of pertussis. The Pediatric Infectious Disease Journal, Chicago, v. 5, n. 24, p. 35-38, 2005.
VON KONIG, C.H.; HALPERIN, S.; RIFFELMANN, M. et al. Pertussis of adults and infants. Lancet Infectious Diseases, New York, v. 2, n. 12, p. 744-50, 2002.
WARD, J.I., CHERRY, J.D., CHANG, S.J. et al. Efficacy of an acellular pertussis vaccine among adolescents and adults. The New England Journal of Medicine, Massachusetts, v. 353, n. 15, p. 1555-1563, 2005.

1 comentários:

Anônimo disse...

Essa doença sumiu e agora voltou tão de repente dá até medo

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